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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO VOCACIONAL NO PERÍODO DO PROCESSO DE ESCOLHA



Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVO GERAL
4. OBJETIVO ESPECÍFICO
5. HIPÓTESE E SITUAÇÕES GERADOURAS
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
7. DESENVOLVIMENTO
8. CONCLUSÃO
9. BIBLIOGRAFIA








1. INTRODUÇÃO
Desde que a Orientação Profissional surgiu no princípio do séc. XX tem-se registrado, no seu âmbito, uma evolução importante, alias particularmente acentuada nos últimos tempos. Segundo a psicóloga Ana Sofia Melo (mestre em Psicologia escolar e da Educação) a partir da década de 50, a Orientação Vocacional sofreu uma grande renovação com a introdução da psicologia do desenvolvimento. O problema da Orientação, já não é passível de uma visão pontual e remediativa, na qual o psicólogo compara as características do indivíduo e as das profissões e inclui qual a mais adequada. Este Se põe ao longo de todo o percurso vivencial do indivíduo e a intervenção do psicólogo tem como objetivo ajudar o cliente no seu desenvolvimento vocacional, nas suas escolhas escolares e profissionais com o intuito de um maior entendimento de suas características e personalidade frente a escolha profissional. De acordo com Baremblitt em sua obra Compêndio de Análise Institucional e Outras Correntes Teorias e Praticas, nos esclarece um pouco mais sobre esse desejo, o que ele pode mudar em nosso mundo psíquico e o que ele tem de autonomia em relação as nossas escolhas.
O Desejo é uma força insistente, persistente, que procura restaurar, reeditar, em ultimo termo, certo estado do desenvolvimento do psiquismo que se denomina narcisismo, em que o ego e o objeto são um, em que não existe a separação o que a psicanálise chama de complexo de castração. Então, a partir da ruptura deste estado, surge uma força que seria o desejo, que tenta reproduzi-lo. O desejo tem uma natureza conservadora, ele parte de uma situação narcísica e tende a voltar a ela (Baremblitt 1992).
A Orientação Vocacional/Profissional é um trabalho que visa à instrumentalização do cliente para que ele exerça sua escolha profissional, por meio dela o indivíduo será preparado e terá instrumentos para elaborar sua escolha de curso/profissão. Dentro da Psicologia Institucional existem dois conceitos pilares chamados de Auto - análise e Autogestão. Esses dois conceitos são chamados de movimento institucionalista porque é através desses conceitos que o método de trabalho do psicólogo institucional é realizado. A Auto – análise seria a dimensão onde o sujeito coletivo entende do que ele está constituído, ela não é algo que vem de cima para baixo, nem de fora para dentro ela é construída dentro de uma coletividade, esse é o processo de desnudar, de desconstruir para depois construir, este é o foco da Auto- Análise. A Autogestão é a ajuda que o psicólogo faz para o grupo auto-gerir. Depois que o indivíduo reconhece o que está por trás da relação que une o grupo, o que constrói o que une, o que separa os papeis, a forma como o grupo vai lidar com isso não cabe ao analista institucional, a produção de autogestão é do grupo.
A Orientação Vocacional constitui-se num conjunto de técnicas e estratégias de ação que objetivam promover no cliente o autoconhecimento e o conhecimento das oportunidades profissionais. E é a partir desse objetivo de promover um autoconhecimento que se faz necessária a utilização de auto- análise e autogestão, sabendo que somente de posse maior de conhecimento de si mesmo é que os orientandos vão poder ter uma decisão refletida visando suas potencialidades e características que possam contribuir para o sucesso profissional. A posição o orientador é sempre passiva diante dos alunos porque ele não tem conhecimento dos orientandos que buscam a orientação vocacional no período de auto-análise. Os modos de como os orientandos se expressam se direciona as técnicas, que são materiais que fazem com que eles compreendam a si mesmo e produz o conhecimento de si. A autogestão acontece no momento em que eles, com uma significativa compreensão de si conseguem perceber qual a profissão que está mais afim com suas características de interesse, aptidão e personalidade.
Somente de posse de maiores oportunidades de reflexão sobre si mesmo e de informações sobre o mundo ocupacional é que o indivíduo poderá encontrar respostas para suas dúvidas em relação à escolha do curso/profissão.
De acordo com Rosane Schotgues Levenfus em seu livro Psicodinâmicas da escolha profissional, que nos diz respeito sobre o sujeito da escolha cita que, dentre os sujeitos que manifestamente buscam auxilio para escolher uma profissão na maior parte dos casos são adolescentes entre 15 e 19 anos em vias de concluir o 2º grau ou que concluiu recentemente, o que me remete a pensar que dentre esta faixa etária de idade os adolescentes passam por uma dificuldade neste processo de escolha, e algumas vezes Rosane também relata que é procurada por pessoas de faixa etária de aproximadamente 25 e 35 anos, profissionalmente desorientada sendo esta clientela predominantemente feminina.
Tendo uma maior compreensão do desenvolvimento humano do adolescente compreende-se que é muito importante que em momento algum se perca de vista todo o contexto de mudanças no qual se insere um adolescente. Submetidos a uma das maiores crises do desenvolvimento humano, não surpreende que este sujeito encontre problemas para definir-se profissionalmente em meio de um turbilhão de definições ideológicas, religiosas, éticas e sexuais. A sociedade em si constrói ideologias e utopias para determinadas profissões valorizando algumas e desvalorizando outras criando certas expectativas como a de sucesso profissional e rendimento imediato. Percebe-se que a consolidação da identidade profissional é uma das ultimas tarefas do adolescente, mas nem sempre está em fase adiantada de conclusão do processo adolescente. Vêm empurrados por uma cultura que dita, em nosso país que a escolha por uma profissão deve ocorrer ao termino do 2º grau, momento este que nem sempre coincide com a maturidade necessária para tal tarefa. As pressões do grupo social ao qual fazemos parte também exercem forte influência. Do mesmo modo como ocorre com a família, muitas vezes nos misturamos com o desejo de nossos amigos – o que é natural, pois na constituição de qualquer grupo, o que o mantém unido é um certo sentimento de identidade que muitas vezes pode se confundir com a identidade profissional dos membros do grupo. O receio de não ser aceito pelo grupo em função de uma determinada escolha também pode interferir no processo. Deixar-se levar por esta influência – muitas vezes sem nem se dar conta disso – pode ocasionar conflitos e prejudicar a realização de uma escolha autêntica. A identidade ocupacional não é uma aquisição independente da formulação da identidade pessoal e se submete às mesmas leis e dificuldades que conduzem a estas conquistas.
“Como a identidade ocupacional é um aspecto da identidade do sujeito, parte de um sistema mais amplo que a compreende, é determinada e determinante na relação com toda a personalidade. Portanto, os problemas vocacionais terão que ser estendidos como problemas de personalidade determinados por falhas, obstáculos ou erros das pessoas no alcance da identidade ocupacional”. (Bohoslavsky, 1982, p55)
O que nos faz compreender com a fala de Bohoslavsky é que no período em que o adolescente se encontra, varias transformações estão sendo sucedidas ao mesmo, sendo mudanças físicas, sociais, cognitivas e na personalidade. Por estes fatores o adolescente se encontra em um período de conflitos e ainda sendo submetidos a escolherem sua profissão. Por esta razão se faz necessário o trabalho da Orientação Vocacional/Profissional com o Indivíduo. Nos dias atuais percebemos o quanto o Marketing influencia no processo de escolha do indivíduo. É necessário saber que ele produz o consumo, e esse consumo é o desejo. Esse desejo é o instrumento que controla a sociedade, é ele que faz com que nós indivíduos estejamos sempre em busca daquilo em que a sociedade e principalmente o capitalismo prega, o consumo. É através desse discurso capitalista que faz com que os indivíduos sempre busquem algo que lhe traga aquilo em que movimenta o seu desejo, e que busquem uma profissão que lhe traga o sucesso profissional, segurança e estabilidade.

2. JUSTIFICATIVA
As pressões das expectativas sociais, constrangimentos resultantes da organização e funcionamento da escola, a ansiedade dos pais, mas também a importância para o desenvolvimento psicológico de que efetivamente se revestem as escolhas escolares e profissionais na adolescência e na juventude, e principalmente, a sociedade almeja certas profissões fazendo com que elas se tornem desejada por este público alvo. Ou seja, através do Marketing coloca uma pessoa conhecida e almejada divulgando determinada profissão ou até mesmo criando fantasias da profissão dizendo que é uma profissão que tem um retorno imediato em relação ao lucro profissional. Tudo isso faz com que o alvo privilegiado para a consulta psicológica vocacional seja os jovens. A Complexidade do sistema educativo e das suas articulações com o mundo do trabalho e, por outro, os custos individuais e sociais de decisões de carreira menos adequadas e principalmente os totens que são estabelecidos através da mídia, são razoes suficientes para justificar a criação de programas de orientação que ajudem os jovens na sua tomada de decisão.
Tendo uma experiência realizada em estágio com orientação vocacional pude perceber o quão importante a Orientação Vocacional se faz na vida do orientando, percebi que a cada sessão realizada pude promover nos orientandos um autoconhecimento, eles mesmo identificavam suas características, personalidade, interesse, aptidão e se direcionavam para uma profissão. E por este motivo deixo explicito os fatores que me interessam realizar o trabalho de Orientação Vocacional/Profissional.
3. OBJETIVO GERAL
O objetivo que rege a expectativa da intervenção psicológica vocacional que pretendo desenvolver é, pois, ajudar no processo de tomada de decisão e promover aspectos de uma maturidade vocacional importante para o efeito. Desenvolver um processo Exploratório envolvendo o desenvolvimento de competências cognitivas (essencialmente representadas ao nível de competências e aptidões) e afetivas (como interesses e motivações) entrecruzadas com fatores contextuais (oferta informativa e educativa sobre profissões, cursos em geral entre outros tipos de atuação profissional que envolva o mercado de trabalho) no sentido de comprometer o indivíduo com uma decisão consciente e coerente.



4. OBJETIVO ESPECÍFICO
O objetivo principal da OP/OV é o de evitar frustrações profissionais futuras, que representam gasto desnecessário de tempo, energia pessoal e dinheiro, proporcionar no indivíduo uma busca com princípios estruturantes das tarefas de Orientação Vocacional fazendo com que eles conscientizem-se que são donos de sua própria autoria e dos seus projetos, fazendo com que eles internalizem a importância do processo de escolha que eles estão sendo submetida para a sua vida profissional explorando o Maximo de si, de suas competências, motivações e capacidades, explorando o mundo profissional, exploração do sistema educativo e formativo, e principalmente a tomada de decisão e compromisso. Também promover um autodiagnostico, prognóstico e uma compreensão sobre este indivíduo levando em consideração seu processo de desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial.
5. HIPÓTESE E SITUAÇÕES GERADOURAS
Ainda na infância, o ser humano entra em contato com um fato que irá acompanhá-lo ao longo de toda sua vida: ter um trabalho, uma ocupação. Inicialmente parece uma tarefa simples, afinal, ter uma ocupação consiste basicamente em escolher que se goste para fazer. Contudo, nem sempre é assim.

O contato com o mercado de trabalho se dá de maneira abstrata até um determinado tempo da vida, onde, em geral, meninos desejam ser caminhoneiros motivados pela aventura e liberdade da profissão e as meninas desejam ser professoras, motivadas pelo instinto maternal e toda importância que a professora tem na vida das crianças. Depois, tudo se torna mais real e diversos fatores começam a pesar na escolha da profissão: remuneração, carga horária, aptidão pessoal, sonho, desejo de realização pessoal e profissional, desejo de reconhecimento, acesso a recursos, opiniões familiares, entre tantos outros.
• O que fazer diante dessa mudança, onde o sonho de seguir determinada carreira é mudado em decorrência de fatores alheios à nossa vontade?
• Como escolher o caminho certo?
• Quais são os fatores que devem ser refletidos e avaliados para uma carreira profissional?
• Os amigos e o grupo social influenciam no processo de escolha?
• Os pais e a Família têm influencia na minha carreira profissional?
• O que deve ser avaliado, desenvolver uma atividade que me traga uma satisfação profissional, ou desenvolver uma atividade que me traga uma remuneração significante, mas sem satisfação profissional?
• Seria interessante deixar que meus pais, meus amigos escolhessem e nos indicassem uma profissão sendo que eu mesmo não tenha o menor interesse em realizá-la e sim realizo por satisfação rentável?
Essas e outras situações geradoras são normais na vida dos indivíduos frente ao mercado de trabalho e a uma escolha profissional estes questionamentos na maioria das vezes são sucedidos e nem sempre terminam em satisfação profissional acarretando em frustrações profissionais futuras, que representam gasto desnecessário de tempo, energia pessoal e dinheiro.

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O método a ser utilizado será da seguinte forma; serão cumpridas 10 horas de Orientação Vocacional sendo elas divididas em 10 sessões realizadas uma vez por semana. Dentre essas sessões serão atribuídos os seguintes métodos:
1ª Sessão:
Rapport
Entrevista para a coleta de informações sobre as expectativas do cliente sobre o processo
Enquadre: Consiste no detalhamento de:
Objetivo do trabalho: instrumentalizar o orientando para a escolha refletida e consciente de sua futura profissão.
Esclarecimento quanto aos papéis a serem exercidos pelo orientador (apoio, escuta, favorecimento à reflexão e ao acesso às informações) e cliente (comprometimento e envolvimento). Dizer de assiduidade e pontualidade.
Explicações sobre o método de trabalho (proposição de exercícios e atividades voltadas para o autoconhecimento e o conhecimento das oportunidades profissionais; discussão e reflexão sobre as posições do orientando frente às suas possibilidades de escolha.
Estabelecimento do contrato de trabalho: horários, dias, local, duração de cada sessão.
Estabelecer uma relação de confiança dizendo do sigilo.
Reforçar com o grupo questões como: respeito, privacidade, compreensão e aceitação das diferenças.
Técnica: Dinâmica das Gravuras
Objetivo: Promover a primeira aproximação diagnóstica, solicitando ao cliente que faça uma auto-apresentação, falando de si, de suas características de seus projetos de vida.
Técnica: É a Minha Cara
Objetivo: Possibilitar o autoconhecimento.
2ª Sessão:
Rapport
Técnica: A Família Que Tenho /A Família Que Gostaria De Ter.
Objetivo: Perceber as semelhanças e diferenças entre a família real e a desejada, perceber possíveis influências que a família pode emergir na escolha profissional do indivíduo.
Técnica: A História do Nome - Investigar sobre a história de vida do adolescente e as características familiares (pai e mãe) observadas pelo orientando.

3ª Sessão:
Rapport
Investigar sobre o conhecimento de curso/profissões.
Técnica: Tempestade de Profissões
Técnica: Listagem de Profissões de Nível Superior e Tecnológicas
A partir do levantamento realizado, inicia-se o trabalho de informações através da utilização de guias sobre profissões.(Guia do Estudante). Será esclarecido r para os alunos algumas mudanças relativas ao processo do vestibular.
Estabelecer com os alunos A Pesquisa das Profissões – Objetivo de promover a pesquisa das profissões de interesse dos alunos que foram marcadas na listagem de profissões

4ª Sessão:
Rapport
Técnica: questionário dos interesses.
Técnica: Identificação de Interesses. Fazer conexão entre as informações obtidas nessa sessão com a anterior, retomando a técnica (Tempestade de Profissões) e fazendo confrontações entre as profissões escolhidas ou rejeitadas naquele momento.
Objetivo: Promover uma reflexão sobre a profissão escolhida.
Técnica: Eu Gosto e Faço.
Objetivo: Fazer um levantamento das atividades que a pessoa gosta de executar, se as executa ou não, por quê. Discutir os sentimentos relacionados a essas atividades e os vínculos estabelecidos com elas. Estender a reflexão para matérias disciplinas do curso e atividades da vida profissional que o sujeito está escolhendo para si.

5ª Sessão:
Rapport
Técnica: Identificação de Aptidões. Promover a reflexão sobre as aptidões, ampliando a reflexão da sessão anterior, agregando a elas as informações colhidas sobre as aptidões e interesses utilizando sempre o material de informações.
Técnica: Círculo da Vida: Investigação dos valores, interesses, identificações, influências e motivações na vida do orientando.

6ª Sessão:
Rapport
Técnicas: Identificação de Traços de Personalidade. Promover a reflexão sobre a importância das características pessoais na escolha da profissão.
Técnica: Entrevista Comigo Mesmo Daqui a dez Anos.
Objetivo: Possibilitar o aparecimento das fantasias dos adolescentes em relação ao futuro; discutir as metas que gostariam de alcançar durante os próximos dez anos.


7ª Sessão:
Rapport
Técnica: Âncoras de Carreira
Discussão com os alunos sobre A Pesquisa das Profissões.
Técnica: Eu sou alguém: Perceber os seus valores pessoais, perceber como ser único e diferente dos demais.

8ª Sessão:
Rapport
Investigação sobre o Mercado de Trabalho. Dinâmica: Venda de um produto
Procedimento: Apresentar ao grupo alguns produtos (estojo, caneta, lápis, borracha...) e pedir que eles façam a propaganda do produto. Depois perguntar ao grupo se eles comprariam. Objetivo: Desenvolver o processo de conscientização do jovem frente ao mercado de trabalho. Desafios e exigências.
Incentivar a introspecção através da Técnica: Desiderativo Vocacional.
Objetivo: Investigar as possíveis identificações presentes nas escolhas profissionais.


9ª Sessão:
Rapport
Começar a preparação para o fechamento do processo através da técnica que oportuniza os “insights”: Técnica: A Colagem. A proposta é de representar, através de colagens, o momento inicial da Orientação Profissional (como o orientando se percebia no momento em que se submeteu a O.P.), o que aconteceu no decorrer do trabalho (ansiedade, dúvidas e descobertas) e o momento presente (novas posições, decisões ou aumento das dúvidas e ansiedades). Refletir junto ao orientando sobre o que ainda falta para a tomada de decisão profissional.

10ª Sessão:
Rapport
Entrevista de Devolução – individualmente


7. DESENVOLVIMENTO


Realizando o trabalho de Orientação Vocacional na Escola Estadual Moacyr de Mattos na cidade de Caratinga – MG no período de 17/08/2010 a 23/11/2010 com os alunos do Terceiro ano do ensino médio pude compreender vários fatores que estão relacionados principalmente ao desenvolvimento psicossocial, ou seja, fatores contemporâneos que influenciam no processo de escolha.
De acordo com Freud em seu texto do Totem e Tabu nos esclarece o quanto o desejo movimenta os indivíduos, e esse desejo é tão forte que se faz necessário que os indivíduos busquem alternativas para que alcancem o mesmo. E através dessa forma os orientandos buscavam idealizar determinadas profissões colocando-as em uma posição totêmica, uma posição almejada, de desejo. O totem representa poder e os orientandos representam e se identifica com o seu totem, ou seja, o idolatra.
Durante o processo de orientação segui as sessões dentro da perspectiva da análise institucional, promovendo a Auto- análise e Autogestão. Interessante é que percebi o quanto eles apresentam dúvidas e se sentem felizes de saber que eu como orientador vocacional estava ali para ajudá-los a descobrir o seu perfil profissional, era uma confiança e uma esperança tão grande que eles apresentavam, a esperança que eles depositaram em mim estava relacionado a solução de todas as suas dúvidas e questionamentos em relação a vida profissional. Mas foram muito bem esclarecidos que o meu objetivo era fazer com que eles refletissem sobre as suas características e sobre o seu perfil psicológico dentro de uma vida profissional.
Trabalhando assim com as técnicas consegui realizar um trabalho satisfatório com os orientandos levando em consideração que foi através do pensamento deles que conseguimos chegar a um resultado que pudessem fazer uma devolução livre de idealizações, utopias e fantasias frente a uma escolha profissional, por isso se faz necessário a realização de um processo porque é através de cada sessão que iremos construir uma escolha profissional, uma escolha que não foi submetida pela mídia, pela cultura, pelos amigos, pais, familiares e muito menos pelo orientador, e sim pelo processo de orientação que fez com que os orientandos pudessem apresentar uma segurança frente à vida profissional. Por que o que traz sucesso não é um emprego almejado, e sim a capacidade e a satisfação que apresentamos na realização de uma atividade que tem como fruto uma produtividade rentável.

8. CONCLUSÃO

Assim, percebe-se a importância que a Orientação Vocacional se faz na vida dos indivíduos, dentro do processo vocacional temos a oportunidade de nos conhecermos e de termos um nível de conhecimento de nós mesmo em relação ao nosso perfil profissional neste período de processo de escolha. Sabendo que a partir do momento em que realizamos uma atividade em que temos satisfação profissional, lucros e estabilidade têm retornos mais rápidos e de uma forma mais significativa, porque se faz necessário saber que funcionário que desenvolve uma atividade que lhe agrada, apresenta mais produtividade e satisfação na realização de seu trabalho, porque o mais importante da vida profissional não é a velocidade em alcançar sucesso profissional, e sim a direção na qual nos movemos para a realização do trabalho.







9. BIBLIOGRAFIA
 Psicologia & Sociedade; 19 (1): 107-114, jan/abr. 2007107 ESCOLHA PROFISSIONAL E DRAMÁTICA DO VIVER ADOLESCENTE Maria Auxiliadora Barreto Tania Aiello-Vaisberg Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, Brasil.
 Rev. Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, v. 19, n. 1, p. 5-14, janeiro/abril 2002 ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL SOB O ENFOQUE DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO: AVALIAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA Cynthia Borges de MOURA, Jocelaine Martins da SILVEIRA.
 Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 2, p. 271-278, mai./ago. 2004 INTERESSES PROFISSIONAIS DE UM GRUPO DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA E SUAS RELAÇÕES COM INTELIGÊNCIA E PERSONALIDADE José Maurício Haas Bueno Caioá Geraiges de Lemos Fátima Aparecida M. F. Tomé.
 Universidade São Francisco, Itatiba-SP, Brasil Nunes, M.F.O. & Noronha, A.P.P. (2008) Escala de Auto-eficácia para Atividades Ocupacionais: Construção e estudos exploratórios Maiana Farias Oliveira Nunes Ana Paula Porto Noronha.
 Psico-USF, v. 14, n. 2, p. 131-141, maio/ago. 2009 Relações entre interesses, personalidade e habilidades cognitivas: um estudo com adolescentes Maiana Farias Oliveira Nunes2 – Universidade São Francisco, Itatiba, Brasil Ana Paula Porto Noronha – Universidade São Francisco, Itatiba, Brasil.
 APRENDENDO A SER E A CONVIVER, Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro. Fundação Odebecht 1990.
 Orientação Profissional- princípios teóricos, práticas e textos. Mariza Tavares Lima. Editora Vetor São Paulo 2007.
 O PROCESSO DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL FRENTE AO SÉCULO XX: Perspectivas e Desafio. PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO. 2002 22 (3) 46-56.
 Escolha profissional: Vocação ou sobrevivência. Revista: Transformação Informativa da secr. De Mão- de –Obra/MTB setembro/1989 ano iV nº11.
 O Sujeito Social. Jacqueline Barus – Michel. Editora PUC – Batinas BH – 2004.
 Compêndio de Análise Institucional e Outras Correntes: Teoria e Pratica. Autor: Gregório F. Baremblitt 3ª Ed. 1992 Editora Afiliada RJ.
 Da Horda Ao Estado Psicanálise do Vinculo Social. Eugene Enriquez. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro 1990.

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