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terça-feira, 6 de julho de 2010
VISÃO PSICOMOTORA NA INFÂNCIA
A Educação psicomotora se originou na França e 1966, a educação física não correspondia às necessidades de uma educação real e corpo. Assim os ministérios da educação Nacional e da juventude a dos esportes viram a necessidade da Educação psicomotora na infância.
Lê boulch formulou uma teoria geral do movimento: A Educação Psicomotora deve ser considerada como uma educação de base na escola primária. Ela condiciona todas as aprendizagens pré-escolares e escolares: leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, há dominar o tempo, a adquirir habilidades suficientes e coordenação de seus gestos e movimentos.
O terceiro tempo Pedagógico, em Paris significou uma renovação da Pedagogia e da introdução da Educação Psicomotora na escola primária. Pierre Vayer teve contribuição importante, pois dizia que o educador deveria esforçar-se para obter da criança: a consciência do próprio corpo; o domínio do equilíbrio; o controle e a eficácia das diversas coordenações globais e parciais; o controle da inibição voluntária da respiração; a organização do esquema corporal e a organização no espaço; uma estruturação espaço temporal correta; e maiores possibilidades de adaptação ao mundo exterior.
François outro estudioso deste assunto diz que a Educação Psicomotora existe durante toda a vida da criança. André Lapierre deixou marcas importantes, esse autor refere-se à escola como um espaço de profilaxia, como um dos elementos mais importantes na vida social ensinando que a educação não consiste somente na aquisição de conhecimentos, mas que se deve preocupar com a formação da personalidade do individuo, nos seus aspectos mais profundos.
O primeiro trabalho de Psicomotricidade foi realizado em uma escola publica, e num estabelecimento privado em Belo horizonte por Suzana Veloso.
Como já dizia (Fonseca) a historia do saber da psicomotricidade, representa já um século de esforço de ação e de pensamentos, a sua cientificidade na era da cibernética e da informática, vai-nos permitir certamente, ir mais longe da descrição das relações mútuas e recíprocas da convivência do corpo com o psíquico. Esta intimidade filogenética e ontogenética representam o triunfo evolutivo da espécie humana, um longo passado de vários milhões de anos de conquistas psicomotoras.
E a historia da psicomotricidade tem vários autores importantes para a psicologia, René Descartes assinala a dualidade corpo e alma, na organização de dois eixos de reflexão e analise: uma fisiologia para o corpo e uma teoria para a alma. “É a alma que dá ordens ao corpo e comanda seus movimentos”. O corpo passa a ter vida própria, porém influenciado pelas paixões. A teoria do indivíduo livre e voluntário diz respeito a um ser que domina suas reações corporais e cuja força reside no controle que exerce sobre as paixões.
A História do saber da psicomotricidade representa já um século de esforços de ação e de pensamento a sua cientificidade na era da cibernética e da informática, vai-nos permitir certamente, ir mais longe da descrição das relações mutuas e recíprocas da convivência do corpo com o psiquismo. Esta intimidade filogenética e ontogênica representa o triunfo evolutivo da espécie humana, um logo passado de vários milhões de anos de conquistas psicomotoras.
O paralelismo psicomotor define-se como uma tentativa de superação ao dualismo cartesiano (mente e corpo). Levin (1995) reporta-se ao primeiro corte epistemológico. Nessa etapa, a influencia da Neuropsiquiatria é determinada numa clinica centrada no aspecto motor e num corpo instrumental, uma ferramenta de trabalho para o reeduca dor que se propõe a conserta-lo. Wallon realizou um trabalho importante sobre os aspectos psicofisiológicos da vida efetiva, a consciência corporal, a relação intrínseca tônus-emocão, que chama de dialogo tonico, assinalando que as atividades de relação e postural tem, em sua origem, uma raiz comum. Ainda Wallon estudou,em 1945, os prelúdios psicomotores do pensamento e descreveu os estádios do desenvolvimento. Piaget foi um dos autores que mais estudou as inter-relações da motricidade com a percepção, através de ampla experimentação. Com as varias contribuições somadas a de Piaget e Wallon, foi possível redefinir os objetivos da Psicomotricidade, dando ênfase especial à relação, às emoções e ao movimento.
A abordagem, por conseguinte, com esse enfoque “global” do corpo do sujeito, esta determinada por três dimensões nas qual o psicomotricista centra o seu olhar: uma tridimensional grande, de teor instrumental, cognitivo e Tonico-emocional. A terapia psicomotora centra seu olhar, a partir da expressão do corpo, no intercambio e no vinculo corporal, na relação corporal entre a pessoa do terapeuta e a pessoa do paciente em dialogo de empatia Tonica.
Levin diz, a clinica psicomotora é aquela na qual o eixo é a transferência e, nela, o corpo real, imaginário e simbólico é dado a ver ao olhar do psicomotricista. O sujeito diz com seu corpo, com sua motricidade, com seus gestos, e, portanto, espera ser olhado e escutado na transferência deste um lugar simbólico. Vários paises foram modificando, seus métodos. A primeira formação sistematizada aconteceu no Rio de janeiro. Posteriormente, iniciaram os cursos de formação, pelos franceses André Lapierre e Françoise Desobeau. Lapierre trabalhou o autoconhecimento, em vista de uma abordagem psicomotora relacional, que valoriza o movimento espontâneo e a parte fantasmática do mundo interno de cada individuo. Desobeau, dentro de uma abordagem relativamente nova e revolucionaria, a partir de uma atividade espontânea, acompanhou o cliente em suas explorações, que lhe permitirem perceber o mundo e colocar-se nele, vivenciando diferentemente os vários níveis de desenvolvimento: sensório-motor, psicomotor e Tonico - emocional. Essa vivencia possibilitam o sujeito a refazer as ligações que estão perturbadas e tornar possível o seu engajamento neste mundo de uma forma harmoniosa e saudável.
Analisaremos a definição da Psicomotricidade, conforme reconhece a Sociedade brasileira de Psicomotricodade: A Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar e agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionado ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitiva, afetivas e orgânicas.
O desenvolvimento é uma conquista crescente. É no lar que se iniciam a vida da criança e o aprendizado do mundo, juntamente com a consciência de se mesma como pessoa autônoma, livre e responsável. O processo de crescer na existe sem conflitos e crises. A satisfação/ insatisfação, o prazer/ desprazer são inerentes à condição humana. O bebe, deste o nascimento, entra em relação afetiva com seus pais e vai fazendo a descobertas de suas capacidades motoras, sensoriais e intelectuais, construindo, aos poucos, a sua identidade. Ele vivencia a satisfação de suas necessidades e desejos e, ao mesmo tempo, convive com frustrações de desejos irrealizáveis. Encontra estímulos e apoio ou, ao contrario, obstáculos aos seus desejos. Vai se sentir pleno e cheio de amor ou vazio, expressando, através do choro e agitação motora, a “raiva” que sente por não ser satisfeito. São momentos bons e agradáveis, como também instantes desagradáveis e de sofrimento. Como nos diz Melaine Klein (1981). Passa de um momento para o outro sem ter consciência do que ocorre. O bebe não tem consciência de sua dimensão histórica nem percebe conscientemente a si mesmo, as outras pessoas e o espaço que ocupa. Vive a simbiose com sua mãe ou o adulto substituto.
Com seu desenvolvimento normal, ate o oitavo mês, ela ainda não sabe diferenciar quando sua mãe sai de sua frente, ela vai, mas volta, o bebe sente medo e angustia. Só no final do primeiro ano, o bebe faz a descoberta da permanência do objeto de amor e também dos objetos que ela explora no mundo. As percepções desenvolvem-se com a experiência e com a crescente maturidade das suas células nervosas, sensoriais, motrizes e conectivas. Vai descobrindo os prazeres da vida. A criança se torna uma verdadeira exploradora do espaço e do ambiente. Sua atividade motora mostra a busca de afirmação e autonomia.
Vários autores fazem referencia e sugerem também que a criança tem um tipo de maturação hierarquizada, apontada pela constelação psicomotora dos sete fatores como: a tonicidade, primeiro fator interação neurotônica em que se processam as aquisições antigravíticas promotoras; a equilibração, que culmina na postura bípede, marco decisivo da motricidade humana, que confere ao corpo a sua dimensão bilateral; a noção do corpo, gênese do Eu e síntese da consciência do espaço intracorporal; a estrutura espaciotemporal, que inter-relaciona os dados intracorporais com os extracorporais, e as praxias, como conquistas da neumotricidade, isto é, a motricidade como resultado de uma experiência social.
Essa complexidade crescente da motricidade humana na assenta, afetivamente, numa maturação neurológica que ocorre desde a primeira unidade de Lúria até a terceira unidade, e que, quando há imaturidade num desses subfatores, poderá ocorrer dificuldade em seu desenvolvimento e consequentemente em sua aprendizagem. Tonicidade: É o alicerce fundamental na organização da Psicomotricidade. A tonicidade abrange todos os músculos responsáveis pelas funções biológicas e psicológicas, alem de toda e qualquer forma de relação e comunicação não verbal, tendo como característica essencial o seu baixo nível energético, que permite ao ser humano manter-se de pé por grandes espaços de tempo, sem a manifestação de sinais de fadiga. Equilíbrio: É a capacidade de manutenção e orientação do corpo e suas partes em relação ao espaço externo e à ação da gravidade. É obtido por meio de informações visuais, labirínticas, sinestésicas e proprioceptivas integradas ao tronco cerebral e ao cérebro. É um ato consciente e inconsciente relacionado com o tônus muscular, estando presente em todas as possibilidades motoras do homem em seu meio ambiente. Fonseca nos ensina ainda que a equilibração seja um andamento essencial do desenvolvimento psiconeurológico da criança, um passo chave para todas as ações coordenadas e intencionais que, no fundo, são os alicerces dos processos humanos de aprendizagem. Noção do corpo: A evolução da criança é sinônimo de conscientização e conhecimento cada vez mais profundo de seu corpo. A imagem corporal é a figuração de nosso corpo formado em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual ele se apresenta para nós. É ela que permite distinguir-nos em relação aos outro e só pode ser elaborada com a intervenção de outra pessoa, desde que essa pessoa seja significativa ao sujeito. O esquema corporal regula a postura e o equilíbrio. A noção corporal, portanto, envolve a estruturação do esquema corporal, que é a percepção do corpo, atuando no espaço, locomovendo-se, num ritmo próprio, num estado de tensão ou relaxamento muscular. Lateralidade: Lateralidade é a percepção dos lados do corpo, portanto, é o elemento fundamental de relação e orientação do corpo com o mundo exterior. A dominância funcional de um dos lados do corpo é o resultado da relação entre as funções dos dois hemisférios cerebrais. A lateralização basicamente inata é governada por fatores genéticos, embora os treinos repetidos e os fatores de pressão social a possa influenciar. A lateralização é a propensão que o ser humano possui de utilizar preferencialmente mais um lado do corpo do que o outro em três níveis: Mão olho e pé. Estruturação espaciotemporal: a organização espaciotemporal nos conscientiza das formas de deslocamentos corporais de uma maneiraa continua e perceptiva, atuando-nos diferentes planos, eixos, direção e trajetórias. Na Psicomotricidade, a estruturação espaciotemporal é um dado importante para uma adaptação favorável do individuo. Permite a ele não só movimentar-se e reconhecer-se no espaço como também relacionar e dar seqüência aos espaços como também relacionar e dar seqüência aos seus gestos, localizando e utilizando as partes do corpo, coordenando e organizando sua atividade de vida diária. Praxia global: A praxia global está integrada na terceira unidade funcional de Lúria, cuja função fundamental envolve a organização da atividade consciente e sua programação, regulação e verificação. Tem como principal missão a realização e a automatização dos movimentos globais complexos que se desenrolam num certo período de tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares. A praxia global nos dá indicadores sobre a organização práxica da criança com reflexos nítidos sobre a eficiência, a proficiência e a realização motora. As dispraxias, no entanto, combinam problemas práxicos com problemas da noção do corpo e da estruturação espaciotemporal. Praxia fina: a praxia fina integra todas as considerações e todas as significações psiconeurológicas já avançadas na praxia global. Como aquisição superior, requer a conjugação dos programas de ação, a atenção voluntária, o nível de engramas e somatogramas aprendidos, a capacidade de pré-programação ou reprogramação, funções inerentes a um órgão especializado na exploração, manipulação e a preensão dos objetos.
Assim Podemos dizer então que o brincar é um encontro com a realidade do carpo que se desloca se projeta e se ultrapassa. É espaço do imaginário que promove reencontro possibilita a vivencia do que até então era impossível.
A Psicomotricidade como uma técnica corporal, através de suas intervenções, pode conseguir a integração do homem em suas emoções, ajudando-o a encontrar o lugar que é seu e onde poderá ser verdadeiro. Como prevenção, a educação Psicomotora tem o perfil que preenche, nos dias atuais, as conseqüências da falta de afeto nas relações, pelas cobranças excessivas, e a falta de limite no comportamento das crianças precocemente lançadas no seu vir-a-ser.
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não tenho dúvidas que a psicomotricidade será o novo boom
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